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quinta-feira, 24 de março de 2016

relato Sobrenatural: encontro com um lobisomem

O fato que se decorreu comigo aconteceu quando eu estava voltando do núcleo habitacional vizinho à minha vila onde eu e meus amigos estávamos andando de skate. Até ai tudo bem. As horas se passaram e foi ficando tarde e eu nem me preocupei com a hora, pois eu não ia pra escola no outro dia. Mas como era meio longe me despedi deles e desci. A essa altura já deveria ser umas 2 da madrugada pra mais.

No caminho de volta pra casa, da onde eu estava, eu tinha que pegar uma ladeira depois um subidão e não havia muito mato. A avenida era de duas mãos apenas, havia um canteiro entre a rua que subia e a rua que descia. Eu estava indo tranquilo, desci a avenida de boa e quando eu estava na metade da subida eu olhei pra outra rua que descia e vi o tal animal que na minha opinião, pela forma que tinha e pelos meus conhecimentos (na hora associei), era o lobisomen. Também lembrei das coisas que a minha avó me contara sobre esses assuntos e justo naquele dia ela tinha me dito pra não sair e ficar por aí porque era quarta-feira de cinzas e início da quaresma. Ela falava que quando se inicia a quaresma tudo que há de mau sobre a terra fica liberto pra vagar. Eu até então era descrente sobre essas coisas, mas a partir daí passei a acreditar.

Voltando ao assunto... quando eu vi eu não acreditei. Sabe quando se olha de relance e pensa ter visto algo e rapidamente muda o campo de visão e olha novamente pra constatar se aquilo realmente está lá?! Foi essa a minha primeira reação, mas quando eu olhei de volta a coisa ainda estava lá. As semelhanças eram de um ser humano só que bem maior, totalmente coberto de pelos curtos, aspecto corporal forte e se locomoveu como um bípede e como um quadrupede.

Quando eu constatei que era uma coisa real, com o skate em baixo do braço, fiquei com muito medo e comecei a andar mais depressa em direção ao fim da subida. Até então ele não tinha me visto e por mais engraçado que vocês possam achar ele estava depenando a árvore da calçada de um colega meu. Por qual motivo ele estava fazendo tal ação eu não sei. Quando eu estava quase no fim da subida eu comecei a correr em disparada pra casa, sentindo calafrios e me arrepiando dos pés a cabeça. Foi aí que ele também me viu e começou a correr pra cima. Então eu fiquei apavorado e pensei: "Agora ou ele vai fugir ou vai me atacar". Pensei em ficar e tentar dar umas 'skeitadas' nele, mas o medo falou mais alto, então continuei a correr e a observar pra onde ele estava indo.

Vi que ele se adentrou para o quintal de uma tiazinha onde havia uma árvore da espécie mangueira e um pouco de mato na entrada que obstruía a visão. Lembrando que quando eu vi, ele se encontrava de pé, mas quando começou a correr rapidamente ainda deu uns quatro passos de pé e depois se voltou a posição de um quadrúpede, que na minha opinião, é melhor pra desenvolver velocidade e ter então uma certa vantagem sobre a situação. O mais incrível vem a seguir: ele, pra entrar no quintal da tiazinha que era uma casa humilde de chão de terra, pulou uma cerca de madeira alta de mais ou menos 1.30m sem o menor esforço, como se fosse brincadeira, então eu parei de olhar pra ele e corri até chegar em casa quase morto de canseira esmurrando o portão pra minha vó abrir e olhando pra todos os lados da minha rua enquanto ela não vinha pra abrir, com medo da coisa ainda estar por perto. Foi aterrorizante.

Então, quando ela abriu o portão aos meus gritos de "Anda logo, vó! Anda lógo... eu vi um bicho lá no estradão!" (que é um apelido que o povo dá pra aquela avenida). Ela me disse "Vai muleque! Eu não te falei pra não sair hoje?!" Desde então eu passei a acreditar.

No outro dia eu fui lá na casa do meu colega, bem cedo, e vi as folhas e galhos que estavam todos no chão. Perguntei pra ele se ele tinha ouvido algum barulho e ele disse que não, então eu contei a história pra ele e foi o primeiro a rir e falar que eu estava mentindo. O ruim das pessoas é que coisas assim, extremas, e extraordinárias elas só acreditam quando vêem por si próprias, com os próprios olhos.

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